Malaquias 4.1-6 Você está preparado?

Você está preparado?

 

Malaquias 4.1-6

1 “Pois certamente vem o dia, ardente como uma fornalha. Todos os arrogantes e todos os malfeitores serão como palha, e aquele dia, que está chegando, ateará fogo neles”, diz o Senhor dos Exércitos. “Nem raiz nem galho algum sobrará.

2 Mas para vocês que reverenciam o meu nome, o sol da justiça se levantará trazendo cura em suas asas. E vocês sairão e saltarão como bezerros soltos do curral.

3 Depois esmagarão os ímpios, que serão como pó sob as solas dos seus pés no dia em que eu agir”, diz o Senhor dos Exércitos.

4 “Lembrem-se da lei do meu servo Moisés, dos decretos e das ordenanças que lhe dei em Horebe para todo o povo de Israel.

5 “Vejam, eu enviarei a vocês o profeta Elias antes do grande e terrível dia do Senhor.

6 Ele fará com que os corações dos pais se voltem para seus filhos, e os corações dos filhos para seus pais; do contrário eu virei e castigarei a terra com maldição. ”

 

Grande Ideia: O juízo trará destruição aos pecadores e alegria aos salvos que perseveram na vontade de Deus. É preciso estar preparado!

 

INTRODUÇÃO:

 

Pare de brincar de religião! Levem Deus a sério!

Estas frases resumem muito bem o livro do Profeta Malaquias. Diante da indiferença de seu povo para com a sua Palavra, Deus se mostrava cansado da falsidade religiosa de Israel. O livro trouxe as acusações que Deus fez ao seu povo, bem como registrou as desculpas que a nação deu para justificar seu pecado. Por oito vezes, Deus mostrou a Israel seu erro e o povo apresentou as desculpas mais esfarrapadas. 1) Em que nos tens amado? (1.2); 2) Em que desprezamos o teu nome? (1.6); 3) Em que te havemos profanado? (1.7); 4) Por que não olhas nem aceitas com prazer nossas ofertas? (2.13,14); 5) Em que te enfadamos? (2.17); 6) Em que havemos de tornar? (3.7); 7) Em que te roubamos? (3.8); 8) Que temos falado contra ti? (3.13).

Deus estava advertindo seu povo sobre o pecado deles, mas eles invertiam as Palavras do Senhor e ousaram acusa-lo: chamaram Deus de injusto: “Qualquer que faz o mal passa por bom aos olhos do Senhor” (3.17). Chamaram Deus de imoral: “e desses é que ele gosta” (3.17). Chamaram Deus de omisso: “Onde está o Deus do juízo?” (3.17).

Mas agora Deus mostra que o juízo vem e ninguém escapará dele.

As palavras finais de Malaquias servem de alerta para nós, a igreja de Jesus, o povo de Deus da atualidade. Embora não vivamos mais debaixo da lei de Moisés, temos a lei de Cristo em nossos corações. O princípio moral da lei da continua válido para a igreja. A advertência é para mim e para você. O dia do juízo virá, você está preparado?

Malaquias nos apresenta nestes versos finais 3 verdades sobre os tempos do fim:

 

  1. OS ÍMPIOS SERÃO DESTRUÍDOS.

1 “Pois certamente vem o dia, ardente como uma fornalha. Todos os arrogantes e todos os malfeitores serão como palha, e aquele dia, que está chegando, ateará fogo neles”, diz o Senhor dos Exércitos. “Nem raiz nem galho algum sobrará.

Em tempos em que as igrejas estão buscando Deus apenas para satisfação de seus desejos humanos, a saber: saúde e riqueza; vemos pouca pregação sobre a necessidade de salvação por causa da realidade do céu e do inferno. Ninguém deve crer em Cristo pelo medo do inferno, mas acima de tudo, pela alegria do céu.

No entanto, a condenação daqueles que fazem do pecado sua prática diária, como se fosse uma profissão é uma realidade indiscutível.

Malaquias traz a realidade da condenação e destruição total dos ímpios. O dia vem ardente como uma fornalha. Em algumas versões ao invés de fornalha temos a palavra forno. Na palestina, a palavra original é usada para se referir ao local onde o pão é assado. Os palestinos fazem um buraco na terra, e nas laterais colocam uma espécie de emplastro, e no fundo fazem um fogo bem forte com galhos finos e palha. Depois de retirar as cinzas que estão quentes, eles grudam o pão naquele emplastro e pão assa imediatamente. A palavra traz a ideia de calor intenso.

Mas vejam, o povo havia dito em suas acusações contra Deus, em Malaquias 3.15 que consideravam “felizes os arrogantes, pois tanto prospera o que pratica o mal como escapam ilesos os que desafiam a Deus!”. Mas a resposta de Deus é que os arrogantes serão queimados como a palha no forno.

É importante destacar que na Bíblia, o fogo está, na maioria das vezes, associado à ideia de juízo e da ira de Deus. Em Hb 12.29, Deus é chamado de fogo consumidor. Em 2 Pedro 3.10, lemos que Deus tem reservado o mundo para um juízo de fogo, e em apocalipse lemos que o inferno é comparado a um lago de fogo.

A condenação dos ímpios será tão terrível que não sobrará nem raiz, nem galho. Não haverá mais esperança para ímpio.

Temos muitos lavradores aqui na igreja. O que acontece quando a planta queima até a raíz? Ela brota novamente? Claro que não. Isso significa que quem está vivendo no pecado, quem vive sem obediência a Cristo, será completamente destruído, não haverá mais esperança no dia do juízo. É uma sentença que não aceita apelação.

Mas observe que Malaquias diz que os arrogantes (soberbos) e os malfeitores serão destruídos. Soberba ou arrogância é algo interior. É um pecado que pode ficar escondido, pois é um pecado do coração, do homem interior. Malfeitores referem-se aos atos visíveis daqueles que vivem na imoralidade sexual, na ganância, na sedução, nas práticas condenadas pela Bíblia. O que Malaquias está dizendo é que todos os pecados, ainda que sejam os segredos do coração, como também as ações, tudo será punido.

Quem vive no pecado um dia estará diante do tribunal de Deus prestando contas de tudo que fez.

 

  1. OS SALVOS SERÃO RECOMPENSADOS.

2 Mas para vocês que reverenciam o meu nome, o sol da justiça se levantará trazendo cura em suas asas. E vocês sairão e saltarão como bezerros soltos do curral.

3 Depois esmagarão os ímpios, que serão como pó sob as solas dos seus pés no dia em que eu agir”, diz o Senhor dos Exércitos.

Uma das coisas que me mantêm no ministério pastoral, apesar de todas as lutas, é crer na recompensa dos justos. Deus promete recompensar aos que lhe são fiéis e a nossa maior recompensa é o próprio Senhor.

No verso 2, Malaquias deixa claro que Deus será o nosso sol da justiça no dia do Juízo. Os que reverenciam o nome do Senhor, ou seja, os que o temem, os que vivem para agradá-lo por meio de Jesus Cristo. Sim, para estes, virá o sol. O sol tem funções lindas. A ciência afirma que sem o sol não haveria vida em nosso planeta. Ele traz luz, traz calor, ou seja, o que é necessário para nossa vida. Deus é o nosso sol. Meus irmãos, não resta dúvida que este é um texto messiânico. Esta passagem se refere a Jesus, a luz do mundo, que ilumina a todo homem. Assim como o sol traz vida aos seres do planeta, Jesus é a fonte da vida eterna. O sol traz cura. Jesus traz vida. Sem sol não há vida, sem Jesus não há salvação.

Os salvos por Jesus, no juízo receberão a liberdade e definitiva do pecado, do sofrimento, de tudo aquilo que nos incomoda. O texto segue dizendo que “vocês sairão e saltarão como bezerros soltos do curral”. Fiquei imaginando essa cena. Não tenho bezerros e minha convivência com este tipo de animal é mínima. Mas temos uma cachorrinha em casa. Toda vez que tenho que sair com o carro da minha garagem, preciso pedir que prendam a cachorrinha. Mas de vez em quando, eu me esqueço disso. Então, abro o portão da garagem e entro no carro. E ela aproveita este tempo para sair de casa. É interessante como ela volta alegre para casa. Aquela liberdade de ir aonde quiser deixa sua alegria evidente.

Acho que isto que Malaquias está nos dizendo. Por causa de Cristo, teremos liberdade completa o que nos trará alegria completa.

Mas o texto continua. Não apenas teremos a vida eterna com o Senhor, não apenas gozaremos de alegria e liberdade completas. Mas também teremos a confirmação de nossa vitória. A igreja triunfará vitoriosa. O verso 2 afirma que os ímpios serão como pó na sola de nossos pés. Aqueles que zombaram da nossa fé, que nos oprimiram, e rejeitaram o amor de Cristo, serão como cinzas, como pé sob os nossos pés. Aqui o bem terá vitória completa e o mal será completamente aniquilado.

Essas são algumas das recompensas que Deus tem para aqueles que o temem, que creem em Cristo e vivem para o louvor de sua glória, obedecendo ao que ensina a Bíblia, a sua Palavra fiel e verdadeira.

 

  1. A ÚLTIMA CHANCE!

4 “Lembrem-se da lei do meu servo Moisés, dos decretos e das ordenanças que lhe dei em Horebe para todo o povo de Israel.

5 “Vejam, eu enviarei a vocês o profeta Elias antes do grande e terrível dia do Senhor.

6 Ele fará com que os corações dos pais se voltem para seus filhos, e os corações dos filhos para seus pais; do contrário eu virei e castigarei a terra com maldição. “

A advertência que Deus nos dá por intermédio de Malaquias é que o juízo virá. E neste dia, quem rejeita ao Senhor será destruído, condenado ao inferno; e quem o teme será recompensado, com a vida eterna, com a liberdade e alegria completas, e com a vitória e triunfo final.

Mas agora, nos versos 4-6 há uma advertência final. É a última chance. A última oportunidade de mudança.

Essa oportunidade começa com “lembrem-se da Lei de Moises, dos decretos e das ordenanças”. Deus nos convoca a olhar com dedicação para a sua Palavra e a dar atenção ao que ela diz. A lei, o Antigo Testamento, tinha um só propósito – conduzir as pessoas à Cristo. Portanto, sem conhecer e obedecer à Palavra, não há possiblidades de agradarmos a Deus e desfrutarmos do céu, da recompensa dos justos.

Num tempo em que os chamados evangélicos estão completamente analfabetos de Bíblia a advertência é atual e relevante: não se esqueça da Palavra.

Mas o texto também fala que Deus enviaria Elias antes do julgamento. A história de Elias na Bíblia, fala de um profeta que confrontou a nação de Israel contra seu pecado e a convocou ao arrependimento. Assim, Malaquias está dizendo que antes do dia do juízo, a graça de Deus se manifesta por meio da pregação, daqueles que ele usará para proclamar a salvação. Há oportunidade de arrependimento e salvação em Cristo, para todo aquele que nele crê.

Essa profecia se cumpriu em João, o Batista conforme Mateus 11.14. Mas Deus ainda tem usado pessoas, seus instrumentos, em todos os tempos para confrontar pessoas com seus pecados e convidá-las ao arrependimento e a crerem em Cristo para serem salvas.

Deus deseja uma profunda transformação na família. É interessante que pais e filhos se voltarão uns aos outros. Isso mostra que o evangelho começa em casa. O evangelho precisa funcionar na sua casa para que funcione nos outros lugares.

Estas palavras finais mostram como Deus vê a família como centro de culto e de missões. Familias ajustadas são a comprovação do poder de Cristo e do evangelho. Pais convertidos aos filhos dão mais valor ao crescimento espiritual de seus filhos do que ao seu trabalho. Entendem que mais importante do que dar dinheiro ou deixar herança material, é ensiná-los no caminho que devem andar. Filhos convertidos aos pais obedecem seus pais no temor do Senhor, cuidam dos seus pais, procuram ser alegria de seus pais.

Malaquias nos apresenta a última chance de sermos tudo o que Deus planejou para que, como salvos em Cristo e como seu novo povo, devemos ser.

 

CONCLUSÃO:

O juízo trará destruição aos pecadores e alegria aos salvos que perseveram na vontade de Deus.

O texto termina com uma frase muito forte: “do contrário eu virei e castigarei a terra com maldição”. O juízo vem. A oportunidade nos é dada enquanto estamos vivos e Cristo ainda não voltou.

O juízo de Deus será destruidor para o pecador, mas uma alegria e uma vitória para os salvos.

Termino aqui com as palavras do Pastor Hernandes Dias Lopes, dizendo: “o dia do juízo aponta apenas para dois caminhos: conversão ou maldição. A família é restaurada, por intermédio da conversão dos pais aos filhos e dos filhos aos pais, ou então, a terra será ferida pela maldição. Essa maldição já está em curso. O pecado traz opróbrio. Essa maldição será final, completa, irrevogável no dia do juízo. Que caminho você vai escolher: o caminho da bênção ou da maldição? A vida ou a morte? A bem-aventurança eterna ou o juízo eterno? O Antigo Testamento termina dizendo que Jesus vem. O Novo Testamento começa com a vinda de Jesus. O Antigo Testamento termina com a maldição para os desobedientes. O Novo Testamento com a graça para os remidos. O Antigo Testamento fecha as cortinas com a solene palavra “maldição” (4.6), mas o Novo Testamento termina o drama da história com a promessa: “E não haverá mais maldição” (Ap 22.3). O que fez a diferença, pergunta Warren Wiersbe? É que Jesus, na cruz do calvário se fez maldição por nós (Gl 3.13), para que nós fôssemos feitos justiça de Deus (2Co 5.21).  Agora mesmo você pode entregar sua vida a Jesus e receber Dele um novo coração, uma nova mente, uma nova vida, um novo lar, e ainda e melhor que tudo, o perdão dos seus pecados e a vida eterna”.

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