atos 8.1-4 – A IGREJA AVANÇA!

ATOS 8.1-4 

1 E Saulo consentia na morte de Estêvão.  

2 Naquele dia, teve início uma grande perseguição contra a igreja em Jerusalém. Todos, exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judeia e da Samaria. Alguns homens piedosos sepultaram Estêvão e fizeram grande lamentação por ele.  

3 Saulo, porém, queria destruir a igreja. Indo de casa em casa, arrastava homens e mulheres, lançando-os na prisão.  

4 Enquanto isso, os que foram dispersos iam por toda parte pregando a palavra. 

Grande Ideia: A igreja cumpre sua missão, mesmo sofrendo perseguição! 

INTRODUÇÃO: 

O site www.portasabertas.org.br, traz o testemunho de um cristão preso no irã, chamado Mojtaba Hosseini, que era um dos líderes de um movimento de igrejas domésticas que crescia muito no Irã. Ele ficou sob um regime parecido com prisão domiciliar em 2009, ele foi preso em 2012. Após três anos na prisão, foi libertado em 2015. Foi visitado pela missão e contou porque não parou seu trabalho na igreja mesmo já tendo sido preso uma vez afirmando que: “Na verdade, não há explicação lógica, mas sentíamos que Deus não queria que parássemos, mesmo sabendo que poderíamos ser presos novamente a qualquer momento”.  

Quanto aos dias na cadeia, ele diz que sabia que Deus estava com ele, mas isso não tornava o dia a dia na prisão confortável. Ele confessa que sentia medo e tristeza, apesar de saber que o Senhor estava com ele. Depois de se dedicar intensamente à oração, Mojtaba sentiu o Senhor lhe falar que ele não estava lá por si mesmo, ou porque havia cometido algum pecado; mas por Deus, porque era seu propósito. Então ele começou a olhar para os outros prisioneiros com os olhos de Deus e compreendeu que o Senhor queria que ele lhes falasse do seu amor. Entendendo que Deus o havia colocado na prisão para resplandecer sua luz, Mojtaba começou a compartilhar o evangelho com os companheiros de prisão. Alguns aceitaram Jesus, outros aceitavam suas orações. Conseguiu que um líder muçulmano lhe levasse umas cópias impressas da Bíblia que foi traduzida do inglês para as línguas dos presos e Mojtaba copiou os trechos e distribuiu aos companheiros de prisão. Os trechos bíblicos começaram a circular mais e mais e vários prisioneiros entregaram a vida ao Jesus da Bíblia. Mojtaba afirmou: “Eu nunca orei para ser solto. Posso servir a Deus em qualquer lugar, dentro ou fora da prisão. Posso trabalhar para o Reino de Deus onde quer que Deus me coloque. E naquele tempo ele me colocou entre os prisioneiros”. 

O que leva cristãos perseguidos, correndo o risco de morrer, a continuar desconsiderar sua situação e servir a Cristo, pregando o evangelho? Sem dúvida alguma, a profunda convicção de fé e amor a Cristo e sua Palavra e a submissão ao Espírito Santo. 

Nosso texto de hoje marca o início de uma perseguição generalizada à igreja após a morte de Estevão. Até então ninguém havia morrido por causa do Evangelho, mas após a liderança judaica assassinar Estevão por apedrejamento, a perseguição começou. O jovem Saulo que havia tomado conta das capas daqueles que mataram Estevão, agora é apresentando como aquele que concordava com o que havia ocorrido. Lucas, autor desta carta-livro, mostra como a perseguição começou e a participação de Saulo nisto, para depois, no capítulo seguinte, falar da conversão dele e de seu ministério missionário que dominará a maior parte deste livro. 

O que Lucas nos revela sobre o início da perseguição à igreja, nos traz reflexões importantes, vejamos: 

1. A Igreja de Cristo não está isenta de Perseguição e Sofrimento. 

1 E Saulo consentia na morte de Estêvão.  

2 Naquele dia, teve início uma grande perseguição contra a igreja em Jerusalém. Todos, exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judeia e da Samaria. Alguns homens piedosos sepultaram Estêvão e fizeram grande lamentação por ele.  

Quando lemos esses versos iniciais, temos uma noção do quanto a liderança religiosa de Israel odiava a Jesus e seus discípulos, que pregavam a salvação por meio da fé em Cristo. A ação violenta dos judeus era algo muito evidente, alcançando todas as gerações, veja que, no capítulo 7.58, Paulo é descrito como um jovem. Quem matou Estevão a pedradas eram pessoas que se consideravam observadoras da Lei de Deus, talvez entendessem que poderiam aplicar a Lei de Levítico 24.16 que diz assim: E aquele que blasfemar o nome do SENHOR certamente morrerá; toda a congregação certamente o apedrejará; assim o estrangeiro como o natural, blasfemando o nome do SENHOR, será morto.”. Mas essa gente religiosa, legalista, se esqueceu do mandamento bíblico de Êxodo 20.3 quando afirma: “Não matarás” ou “não assassinarás”, porque, em nenhum momento Estevão blasfemou contra o Senhor. Mas o povo religioso, aquele afirmava deter algum conhecimento da lei de Deus, não conseguiu aprender o resumo da lei, como ensinado por Jesus – amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo. Num julgamento que apenas revelou seus corações endurecidos, sua intolerância e incapacidade de analisar fatos e submeter-se à vontade de Deus, eles não somente mataram a Estevão, mas deixaram claro que o problema não era Estevão, mas a sua mensagem, o cristo morto e ressuscitado, a mensagem de salvação que a igreja anunciava tinha de ser massacrada.  

Por algum motivo, apenas os apóstolos não saíram de Jerusalém. Mas os crentes são dispersos. Fogem para não serem presos e talvez mortos como fizeram com Estevão.  

Um grupo de homens fiéis a Cristo, lamentou a morte de Estevão ao sepultá-lo. Aparentemente era uma grande perda. Um grande líder havia sido morto e a agora a igreja era perseguida e os crentes estão sendo obrigados a deixarem suas casas, famílias, negócios, e saírem da cidade para não serem mortos. 

Meus irmãos, ainda hoje temos perseguição contra a igreja. Ainda hoje, crentes estão morrendo no mundo todo simplesmente por pregarem o Evangelho. Infelizmente, muitos estão nas igrejas ignorando esses fatos, fazendo da igreja um espaço de diversão e entretenimento, gente que não compartilha sua fé, gente que não se posiciona quando confrontada sobre sua fé. Há ainda os que pregam um falso Evangelho, no qual ensinam que a igreja não pode sofrer, que crentes fiéis não podem ter problemas. A igreja sofre! A igreja que se posiciona, que prega o evangelho verdadeira, que aponta o pecado e apresenta Cristo como solução, esta igreja será sempre perseguida, é o que nos ensina todo o novo testamento. É o que nos ensina a história de Mojtaba que contamos no início de nossa reflexão. 

Estejamos cientes dessa realidade, não para desistir, mas para avançar em fé e coragem. 

2. A Igreja é alvo do desejo de destruição. 

3 Saulo, porém, queria destruir a igreja. Indo de casa em casa, arrastava homens e mulheres, lançando-os na prisão.  

Algumas versões afirmam que Saulo assolava a igreja, ou seja, os crentes eram afligidos por ele. A versão que escolhemos traduziu que Saulo queria destruir a igreja. Ele não estava satisfeito apenas com a expulsão/dispersão deles da cidade de Jerusalém ou mesmo do país. O alvo era exterminar, era impedir que a igreja continuasse a existir.  

As práticas de Paulo, relatadas por Lucas, falam de arrastar pessoas, qualquer uma delas, e lançá-las na prisão. Até agora esse livro já afirmou que a igreja em Jerusalém tinha mais de 5 mil pessoas batizadas. Todas eram alvos destas ações violentas, e para não serem presas e possivelmente mortas, esses crentes fogem.  

A história depois de Cristo tem registrado perseguições à igreja em todos os períodos até ao dia de hoje. Nos tempos bíblicos, temos a morte de cristãos perseguidos pelo império romano, gente que morreu queimada, devorada por feras, morta pelas armas dos soldados e traidores. Isso vem se repetindo ao longo da história e, ainda hoje, temos perseguição e morte de irmãos por todo o mundo.  

Se temos alguma paz e liberdade para culto em nossa região, devemos ser gratos a Deus, mas não devemos nos apegar a isso, como se sofrimento e perseguição não fosse uma realidade também para nós. Essa semana, lemos que uma empresa norte americana demitiu duas funcionárias que, por causa da fé cristã bíblica que professam, se recusaram a usar símbolos LGBT nos seus uniformes. Mesmo contra as leis americanas que permitem a liberdade religiosa e garante a funcionários optarem por viver sua fé, elas foram demitidas. Há perseguição também em nosso país. A um ativismo judicial para colocar medo e nos impedir de chamar pecado de pecado e, portanto, apontar Cristo como solução. 

O governo de São Paulo, soube que já voltou atrás nisso, quis retirar toda menção a Cristo nos livros e publicações para toda rede educacional daquele Estado. Há uma tentativa de envergonhar alunos que se posicionam contra o movimento progressista que temos no país. Enfim, ainda hoje, querem destruir a igreja. Não é apenas nos calar. Não é apenas nos retirar dos espaços públicos, ou nos impedir de cultuar no templo, como vivemos neste tempo de pandemia. Mas sim, destruir a igreja. E fazem isso de fora, também de dentro, infiltrando falsos mestres e falsos ensinos que distorcem a Bíblia. Aliás a nova estratégia não é ser contra a Bíblia, mas arrumar novas explicações para os textos bíblicos e assim dizer que aquilo que o texto diz não é bem assim, como você leu. 

3. A Igreja avança mesmo quando sofre e é perseguida. 

4 Enquanto isso, os que foram dispersos iam por toda parte pregando a palavra. 

Confesso que eu estava com muita vontade de chegar nesse verso. Como ele é inspirador para mim! Leiam comigo novamente: “4 Enquanto isso, os que foram dispersos iam por toda parte pregando a palavra.

Observem que, mesmo após a notícia da morte de Estevão por causa do evangelho, mesmo depois da caçada aos crentes que se iniciou em Jerusalém, sob a liderança de Saulo, sendo ele um desses homens violentos que maltratou e afligiu a igreja; os crentes fogem, se dispersam; eles não podem mais se reunir no templo para continuar a cultuar e aprender mais com os apóstolos. Mas tudo o que Cristo fez em seus corações, e tudo o que haviam aprendido com os apóstolos naqueles intensos dias de exposição às Escrituras, foram suficientes para tornar cada cristão um missionário! Não, eles não podiam pedir aos pastores que evangelizassem; não, eles não poderiam esperar que Deus enviasse um missionário – eles eram os missionários!  

Cada crente, por onde passava, anunciava a salvação em Cristo, as boas novas do Evangelho. A igreja perdeu sua liberdade em Jerusalém, não podia mais se reunir, mas continuava falando de Jesus a todos que encontrava. A perseguição e o risco de morrer não lhes impedia de servir a Cristo. Tinham medo? Sim, eles fugiram para não morrer! Mas deixavam de pregar o evangelho por causa do risco, nem mesmo negavam sua fé? Nunca! 

Meus irmãos, nós precisamos aprender essa lição! Corona vírus, decretos de autoridades nos impedindo de realizar cultos, perseguições judiciais, ideológicas, tudo isso existe. Pode dar medo e talvez tenhamos que encontrar meios de fugir disso, mas não podemos parar de pregar Jesus. Não podemos parar de anunciar que pecado é pecado! E que somente arrependimento e fé em Jesus traz salvação e causará consequente transformação de mente e de atitude nas pessoas salvas. 

Perseguição, riscos e sofrimento não podem e não vão parar a igreja verdadeira! Ela continua!

A igreja sabe que precisa avançar contra o inferno! A igreja verdadeira enfrenta seus medos e proclama o salvador! A igreja verdadeira sabe que as portas do inferno não prevalecerão contra ela! A igreja de Jesus é fiel até a morte! Ela sofre, pode até morrer, mas sabe que sua vitória é certa! E que ela será enfim, triunfante! 

Você faz parte desta igreja? Diante do perigo, da perseguição, do sofrimento por ser de Cristo, você continua com ele?  

CONCLUSÃO: 

A igreja cumpre sua missão mesmo sofrendo perseguição! Se isto acontecer conosco, que façamos a parte que nos cabe! 

Se você ainda não é um crente em Cristo, arrependa-se de seus pecados e creia nele. Jesus amou você a ponto de morrer em seu lugar na cruz. Receba o presente gratuito da salvação ao crer em Jesus e viver para ele.  

Esta igreja, sofrerá todo e qualquer risco para que Cristo seja anunciado e você possa compreender que para nós viver é Cristo e morrer é lucro, pois cremos na salvação eterna e nossa morada com Deus. Você também pode desfrutar da esperança eterna! 

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